Peixe P

05/11/2011 13:05

 

PACU (Piaractus mesopotamicus)

pacu

Características - Peixe de escamas com corpo comprimido, alto e em forma de disco, apresentando quilha ventral com espinhos, cujo número pode variar de 6 a mais ou menos 70. As escamas são pequenas e numerosas e o osso maxilar é pequeno e sem dentes. Alcança mais de 70 cm de comprimento e pode pesar até 20 Kg. Dentes molariformes. C oloração cinza-escura no dorso e ventre amarelo dourado , podendo se alterar quanto aos tons devido o ambiente. Vem sendo muito utilizado na piscicultura e para a formação do híbrido tambacu em cruzamento com o tambaqui.
Habitat � rios e lagoas nas épocas de cheia

Ocorrência � bacias dos rios Paraná e Uruguai. Ele ocorre em todo o Brasil e nas regiões da Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Hábitos � peixe de piracema.
Alimentação � onívoro, alimentando-se de frutas, matéria vegetal em geral e pequenos peixes.
Reprodução � vem sendo reproduzido artificialmente em laboratório para repovoamente de represas e desenvolvimento da piscicultura.
Ameaças � carne é muito saborosa, por isso muito pescado. Poluição e destruição do habitat são também grandes ameaças.



PACU MANTEIGA (Mylossoma aureum)

Características � Peixe de escama com corpo alto e comprimido, olhos grandes e dentes truncados, fortes, cortantes ou molariformes, dispostos em uma ou duas fileiras em ambas as maxilas. A cabeça e a boca são pequenas e apresentam uma quilha pré-ventral serrilhada. As escamas são diminutas, dando um aspecto prateado. Coloração não muito uniforme, geralmente com abdômen prata-amarelado, dorso castanho-escuro, acinzentando-se em direção à linha lateral, e nadadeiras peitorais e ventrais negras. Alcança comprimento máximo de 30 cm.
Habitat � rios, lagoas e na floresta inundada.
Ocorrência � bacia Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco.
Hábitos � forma cardumes e desce os rios para desovar.
Alimentação � herbívora, com dieta consistindo fundamentalmente por frutos.

pacu manteiga

Reprodução � inicia-se na primavera, atingindo o auge no verão.
Ameaças � usado preferencialmente como peixe ornamental por isso muito procurado por aquariofilistas. A poluição e a destruição do habitat são grandes ameaças também.   



PEIXE CACHORRO (Acestrorhynchus lacustris)

peixe cachorro

Características � peixes de escamas diminutas com corpo alongado, um pouco comprimido, nadadeira dorsal na porção posterior do corpo, focinho longo, boca extremamente oblíqua, grande com dentes caninos pontudos na boca e no palato. Coloração clara, com uma mancha escura na base da nadadeira caudal, podendo apresentar outra mancha atrás do opérculo. Alcançam cerca de 35 cm de comprimento total. Nadadeiras peitorais são bem desenvolvidas, permitindo movimentos rápidos para cima quando o predador ataca sua presa.

Habitat � ambientes lênticos (de águas paradas).
Ocorrência � bacia amazônica e do rio Paraná.
Alimentação � piscívoros
Ameaças � poluição e destruição do habitat.



PIABANHA (Brycon insignis)

Características � peixe de escamas que pode chegar a 80 cm de comprimento e 10 Kg de peso. Hoje em dia, não se encontram piabanhas com mais de 2 Kg. Possui o abdômen róseo e o dorso prateado. A mandíbula é projetada para a frente e a cabeça é achatada, duas características gerais dos peixes predadores.
Habitat � corredeiras, principalmente no tombo das cachoeiras. Porém, hoje é considerado um peixe raro, sendo encontrado somente nas cabeceiras dos rios e na foz do Rio Paraíba do Sul.

piabanha

Ocorrência � exclusivo da bacia do Rio Paraíba do Sul, na região Sudeste do Brasil.
Hábitos - durante o período das cheias a piabanha faz a piracema, que consiste em subir os rios durante o período de reprodução para estimular a desova.
Alimentação � na fase juvenil, as piabanhas comem pequenos peixes e quando adultas se alimentam mais de frutos, flores e sementes, apesar de não perderem completamente a característica de carnívoras.
Reprodução � o macho atinge a maturidade sexual a partir do segundo ano de vida e a fêmea, após o terceiro ano. A desova ocorre de dezembro a fevereiro, após a migração para as cabeceiras dos rios, e a fecundação é externa, sendo os ovos incubados em remansos e várzeas na época das cheias. Os ovos são em pequena quantidade e grandes (em relação a outras espécies). O crescimento é rápido. Cerca de 98 horas após a fecundação, as larvas já têm o corpo todo pigmentado e as nadadeiras formadas.
Ameaças � espécie ameaçada de extinção pela distribuição restrita, poluição, destruição do habitat e pesca predatória.



PIAPARA (Leporinus obtusidens)

piapara

Características � peixe de escamas com corpo alongado e fusiforme, alcança em média 40 cm de comprimento e 1,5 Kg de peso. Nadadeiras amareladas e a coloração prateada, com três manchas pretas nas laterais do corpo.
Habitat � poços profundos e margens, bem como na boca de lagoas, corixos e pequenos rios.
Ocorrência � bacia do Prata, dos rios Paraná e Paraguai, nos e stados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Sul de Goiás.

Alimentação � onívora, alimentando-se de vegetais, insetos adultos e larvas.
Ameaças � pesca predatória, poluição e destruição do habitat.



PIAU FLAMENGO (Leporinus fasciatus)

Características � peixe de escamas importantes para a pesca de subsistência e para o comércio, mercados e feiras. Corpo alongado e fusiforme, boca pequena e dentes incisivos. Coloração do corpo amarelada, com 8 a 9 faixas escuras transversais sobre o corpo com três faixas na cabeça. A região inferior da cabeça é geralmente avermelhada e as nadadeiras são amareladas. Alcançam cerca de 30 cm de comprimento total.
Habitat � margens de rios, em locais com fundo arenoso e com pedras.

piau flamengo

Ocorrência � bacia Amazônica e Araguaia-Tocantins.
Hábitos � são muito ariscos.
Alimentação � onívora, com tendência a carnívora, consumindo principalmente invertebrados (insetos).
Ameaças � pesca predatória, poluição e destruição do habitat.



PIAU TRÊS-PINTAS (Leporinus freiderici)

piau tres pintas

Características � também conhecido como piau verdadeiro. P eixe de escama importante para a pesca de subsistência e para o comércio local, mercados e feiras. C oloração prata com 3 manchas escuras nos flancos. Nadadeiras ligeiramente douradas e nadadeira caudal escura. D entes em forma de pinça. Alcança 40 cm de comprimento e 2 kg de peso.
Habitat � margens de rios, lagos e na floresta inundada.

Ocorrência � bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.
Alimentação � onívora, com tendência a carnívora (principalmente insetos) ou frugívora (frutos e sementes pequenas), dependendo da oferta de alimentos.
Ameaças � pesca predatória, poluição e destruição do habitat.



PIAUÇU (Leporinus macrocephalus)

Características � peixe de escamas com corpo curto e grosso, boca grande e terminal. Coloração cinza escuro, principalmente por causa da borda lateral escura das escamas. Indivíduos jovens podem apresentar barras transversais nos flancos. Os adultos apresentam 3 manchas escuras, alongadas verticalmente, sendo a mais posterior algumas vezes difusa. Indivíduos muito grandes não apresentam barras nem manchas. Alcança 60 cm de comprimento total, podendo pesar até 5 Kg.
Habitat � margens dos rios, embaixo de camalhotes e bocas de lagoas.

piauçu

Ocorrência � Pantanal Mato-grossense bem como nos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo, Lago de Itaipú-PR.
Alimentação � onívora, com tendência a herbívora, alimentando-se de caranguejos, frutas e pequenos peixes.
Ameaças � pesca predatória, poluição e destruição do habitat.  



PINTADO (Pseudoplatystoma corruscans)

pintado

Características � peixe de couro com coloração acinzentada com diversas pintas pretas cilíndricas pelo corpo. Apresenta longos barbilhões e o seu ventre tem uma coloração esbranquiçada. É apreciado por sua carne muito saborosa. Pode alcançar pesos próximos de 80 kg e quase 2 m de comprimento. Apresenta ferrões junto às nadadeiras laterais e dorsal. Cabeça grande e achatada que chega a ter uma dimensão entre 1/4 a 1/3 do tamanho do corpo. Corpo alongado e roliço.

Habitat � calhas dos rios, embaixo de malhas de aguapés e camalotes e em bocas de corrichos.
Ocorrência � em várias bacias brasileiras com maior importância no Pantanal e na bacia do Rio São Francisco (estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul).
Hábitos � noturnos. R ealiza migrações de desova.
Alimentação � carnívoro , alimentando-se principalmente da tuvira, minhocuçu e pequenos peixes. Pode ser utilizado no controle de população de tilápias em açudes e tanques.
Reprodução � já se consegue a reprodução em laboratório, o que permite o desenvolvimento da espécie em piscicultura.
Ameaças � vem sendo muito utilizado como peixe ornamental para aquários de água doce, despertando o interesse dos aquariofilistas e o tráfico desses animais. A poluição, destruição do habitat e a pesca predatória também são grandes ameaças.



PIRACANJUBA (Brycon orbignyanus)

Características � peixe de escamas, de grande porte (a fêmea chega a atingir 80 cm de comprimento e cerca de 8 Kg e o macho 68 cm e quase 4 Kg ), apresenta um corpo fusiforme e comprimido e boca bem ampla. Dorso castanho-escuro prateado com reflexos esverdeados e nadadeiras vermelhas, com uma significativa mancha negra na base do pedúnculo caudal, que se estende até os raios caudais medianos. Sua carne é meuit aprecciada.
Habitat � águas claras, canal dos rios, nas áreas próximas às margens, em locais de corredeiras e principalmente nos locais em que as árvores costumam se "deitar" no rio.

piracanjuba

Ocorrência � Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e no Sul de Goiás.
Hábitos � peixe de piracema.
Alimentação � frutos, pequenos peixes e insetos.
Reprodução � migração reprodutiva acontece entre setembro e outubro e a desova entre novembro e janeiro.
Ameaças � espécie rara, encontra-se ameaçada de extinção devido à destruição das matas ciliares, pesca predatória, e poluição.



PIRAÍBA (Brachyplatystoma filamentosum)

piraiba

Características � é o maior peixe de couro da bacia amazônica, podendo alcançar 3 m de comprimento e 150 Kg de peso. Corpo roliço, cabeça deprimida com os olhos pequenos e situados no seu topo. Os barbilhões maxilares são roliços e muito longos, chegando a cerca de duas vezes o tamanho do corpo nos jovens cerca de 2/3 do corpo no adulto. O segundo par de barbilhões mentonianos é pequeno, alcançando apenas a base da nadadeira peitoral. A base da nadadeira adiposa é aproximadamente  do  mesmo  tamanho  que  a base da

anal. A boca é subinferior, com a placa dentígera da maxila superior localizada parcialmente à frente daquela da maxila inferior. Os jovens apresentam o corpo de coloração clara com varias máculas escuras e arredondadas na sua porção terminal superior as quais desaparecem à medida que o peixe cresce. Nos adultos a coloração é cinza-escura-amarronzada no dorso e clara no ventre. Sua carne não é apreciada.
Habitat � calhas profundas dos grandes rios, não entrando na floresta inundada ou nos lagos das várzeas.
Ocorrência � bacia Amazônica
Alimentação � piscívora.
Ameaças � poluição e destruição do habitat.   

 

PIRANHA (Pygocentrus piraya)

piranha

Características � também conhecida como piranha do São Francisco, é uma das mais ferozes. Pode chegar a 60 cm de comprimento. Corpo ovalado, lateralmente comprimido, apresentando uma quilha dorsal e uma outra ventral de escamas modificadas, que possivelmente facilitam seu deslocamento na água. As escamas são muito pequenas. Boca com dentes em forma triangular, sendo que os da mandíbula (parte inferior) são mais desenvolvidos que os do maxilar superior. As pontas dos dentes superiores encaixam perfeitamente entre as duas pontas dos dentes inferiores. A borda de cada dente corta como uma navalha, permitindo, com isso, que a carne da presa seja cortada em pequenos pedaços. Essa peculiaridade explica a ocorrência dos sérios e comuns acidentes com piranhas. Carne muito apreciada.
Habitat � rios, lagoas e represas.
Ocorrência � do norte da Amazônia até a costa oeste do Rio Grande do Sul.
Hábitos � vivem em grandes cardumes
Alimentação � predadoras, carnívoras por excelência.
Ameaças � poluição e destruição do habitat.



PIRANHA PRETA (Serrasalmus rhombeus)

Características � peixe de escamas com corpo rombóide e um pouco comprimido, mandíbula saliente e dentes afiados. Coloração uniforme, variando do cinza ao preto nos indivíduos adultos. Os jovens são mais claros com manchas escuras. Alcança 40 cm de comprimento e é a maior piranha da Amazônia.
Habitat � rios de águas claras e pretas
Ocorrência � bacias amazônica e Araguaia-Tocantins.
Hábitos � são solitários.
Alimentação � carnívora, alimentando-se de peixes e invertebrados.
Ameaças � poluição e destruição do habitat.

piranha preta



PIRANHA VERMELHA (Pygocentrus nattereri)

piranha vermelha

Características � peixe de escamas bastante apreciado, principalmente para fazer o famoso caldo de piranha, considerado afrodisíaco. Corpo rombóide e comprimido, focinho curto, arredondado, mandíbula saliente e dentes afiados. Entre todas as piranhas é a que possui o focinho mais rombudo. Coloração cinza no dorso e avermelhada no ventre e na região inferior da cabeça. Nadadeiras peitoral, ventral e anal alaranjadas. Alcança 30 cm de comprimento total.
Habitat � rios, lagos e lagoas de águas barrentas.
Ocorrência � bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata, São Francisco e açudes do Nordeste.
Hábitos � vive em cardumes pequenos ou até com mais de 100 indivíduos. Sensível à falta de oxigênio.
Alimentação � piscívora
Ameaças � poluição e destruição do habitat.



PIRAPITINGA (Piaractus brachypomus)

Características � peixe de escamas que pode alcançar até 80 cm de comprimento e 20 Kg de peso . Também conhecido como pacu-negro. Corpo romboidal, alto e comprimido. Nadadeira adiposa sem raios. Cabeça pequena e dentes molariformes. A coloração é cinza arroxeado uniforme nos adultos e cinza claro com manchas alaranjadas nos jovens. Dorso escuro, nadadeiras amareladas.
Habitat � lagos e em regiões da mata alagada.
Ocorrência � bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins.
Hábitos � realiza a piracema na época da cheia, desovando em águas frias e rasas. Permanece nos rios durante a  época de  seca e  entra nos  lagos, lagoas e

pirapitinga

matas inundadas durante as cheias, onde é comum encontrá-la debaixo das árvores se alimentando dos frutos ou sementes que caem na água.
Alimentação � herbívora, com tendência a frugívora.
Ameaças � pesca excessiva, poluição e destruição do habitat.



PIRAPUTANGA (Brycon microlepis)

piraputanga

Características � o nome piraputanga é de origem guarani, e refere-se à cor vermelha das nadadeiras e da carne, muito apreciada. Os dentes são tricúspides, e apresentam-se em três fileiras no pré-maxilar (um caráter próprio do gênero Brycon). O corpo e o comportamento da piraputanga, da mesma forma que as outras espécies do gênero Brycon, lembram as trutas. Atinge 50 cm de comprimento e 3 Kg de peso. Peixes de escamas com corpo alongado e um pouco comprimido. Logo após retirados da água a cor é amarelada, a nadadeira caudal é vermelha, com uma faixa preta que começa no pedúnculo caudal e chega até os raios centrais da nadadeira caudal. As demais nadadeiras são alaranjadas. As escamas do dorso são claras no centro, com as bordas escuras. Apresentam uma mancha umeral escura e arredondada.

Habitat � pequenas correntezas, remansos de corixos à beira dos rios, poços e embaixo de árvores frutíferas.
Ocorrência � bacia do Paraná-Paraguai na região Centro-oeste.
Hábitos � apresenta comportamento de piracema. Realiza grandes migrações em busca das cabeceiras dos rios para a procriação na época das chuvas.
Alimentação � omnívoro. C açam pequenos peixes e alimentam-se também de frutos , flores e insetos.
Ameaças � está ameaçada e criticamente em perigo devido à destruição do seu ambiente. É mais uma das espécies diretamente afetadas pela construção de barragens, bem como pelo processo de desmatamento, já que se alimenta de frutos e insetos derivados da mata ciliar.



PIRARARA (Phractocephalus hemeliopterus)

Características � peixe de couro de corpo robusto, que alcança 50 kg e pelo menos 1,3 m do focinho à separação dos dois lobos da nadadeira caudal. Cabeça extremamente ossificada, achatada e grande, apresentando um forte contra-sombreado (a parte superior é bem escura, e a superior é branca), assim como nadadeiras, adiposa, dorsal e anal de cor laranjada brilhante. C oloração geral do corpo é cinza-escura com uma faixa longitudinal branco-amarelado ao longo dos flancos,  indo da  cabeça à nadadeira caudal.

pirarara

Essas características fazem da pirarara o peixe de couro mais colorido da bacia amazônica.
Habitat � poços e canais dos médios e grandes rios
Ocorrência � bacias amazônica e Araguaia-Tocantins.
Alimentação � omnívoro. Alimenta-se de crustáceos, peixes e frutos.
Ameaças � destruição do habitat e poluição.



PIRARUCU (Arapaima gigas)

pirarucu

Características � é o maior peixe de escamas de água doce do Brasil e um dos maiores do mundo, atingindo comprimento máximo de 2,10 m e 112 Kg de peso. Corpo de forma cilíndrica, largas e imbricadas escamas. A cabeça é achatada e as mandíbulas são salientes. De olhos amarelados e de pupila azulada, um tanto salientes, mexem-se continuamente, como se o peixe de modo curioso estivesse observando tudo que em sua volta passa. A coloração geral do corpo é marrom-esverdeada, escura no dorso a avermelhada nos flancos, sendo a intensidade variável de acordo com o tamanho do individuo e com o tipo de água em que vive.  É  uma  espécie  que  tem  respiração  acessória,

utilizando-se do oxigênio dissolvido na água, mas principalmente do ar e, por isso, tem que subir freqüentemente à superfície d'água. Sua língua seca é usada pelos indígenas para raspar a semente do guaraná e obter o seu pó. Pode viver mais de 18 anos. Devido à sua excelente carne, é considerado como o �bacalhau� brasileiro. Além da carne, também suas escamas, língua e couro são aproveitados, principalmente para confecção de artesanatos.
Habitat � águas rasas dos rios e lagos.
Ocorrência � parte setentrional da América do Sul.
Hábitos � se desloca lentamente, engolindo ar que é direcionado à bexiga aérea, a qual se comunica com o esôfago e funciona como pulmão. Devido a esse fato, ele deve subir à superfície a cada 10-20 minutos, ficando a mercê do arpoador.
Alimentação � omnívoro. Alimenta-se, basicamente, de peixes, apesar de também comer caramujos, camarões de água doce, cágados, cobras, anfíbios, caranguejos, seixos, areia, entre outros. Quando jovens alimentam-se de plâncton que, mais tarde, são complementados pelos peixes.
Reprodução � a época de sua reprodução vai de dezembro a maio, e a desova ocorre em água rasa - 0,8 m a 1,5 m - onde os adultos preparam um ninho no fundo arenoso. Cada fêmea deposita cerca de 180 mil ovos em diferentes ninhos . As larvas eclodem ao quinto dia e nadam próximas à cabeça do pai que, nessa época, apresenta uma cor escura. Durante esse período, a proteção é garantida pela fêmea, que nada em volta do pai e dos filhotes. Alcança a maturidade sexual nos primeiros 4 a 5 anos de vida.
Predadores naturais � quando jovens, correm o risco de virar comida dos pirarucus adultos.
Ameaças � pesca predatória, destruição do habitat e poluição.



PORAQUÊ (Electrophorus electricus)

Características � aparência semelhante a uma enguia, sem nadadeiras dorsal, ventrais e caudais, anal longa e peitorais pequenas. Coloração castanho-avermelhada, com tonalidades amarelo-avermelhadas na cabeça. Sua característica mais marcante é a presença de dois sistemas de produção elétrica, derivadas de massa muscular especializada para essa função. O primeiro sistema é involuntário, com descargas regulares utilizadas na eletrorrecepção dos arredores. Este sistema é vital em condições de pouca ou nenhuma visibilidade, como em águas turvas ou em horários noturnos.   O  segundo  sistema  é  um  mecanismo  de

poraque

descargas elétricas de controle voluntário que pode emitir descargas de até 550 V, o suficiente para atordoar vários tipos de presas ou predadores. Esta descarga pode ocorrer durante 20 minutos, sendo necessários cinco minutos para recarregar o sistema. Por este motivo o poraquê é temido e respeitado pelas pessoas da região. Esses sistemas elétricos permitem que o corpo do poraquê funcione como uma pilha viva, sendo que a região cefálica é o pólo positivo, e a região caudal, o negativo. Apresenta um sistema acessório de respiração de ar atmosférico na cavidade bucal, motivo pelo qual sobe à superfície em intervalos de oito minutos para uma abocanhada de ar.
Habitat � rios e lagos.
Ocorrência � região amazônica.
Ameaças � destruição do habitat.

 

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