Peixe M

06/11/2011 18:01

 

MAMANGÁ (Scorpaena brasiliensis)

mamanga

Características � também conhecido como peixe pedra, o mamangá é o mais venenoso peixe do litoral brasileiro. Deve-se ter muito cuidado ao colocar as mãos sobre as pedras, pois seus espinhos dorsais possuem glândulas que secretam uma potente toxina. Essa toxina causa uma forte dor e febre no mergulhador descuidado que se espetar nele. S eu veneno contido nas nadadeiras dorsais provoca extrema dor, alem de causar entre outros sintomas, agitação, taquicardia e falta de ar. Sua cor marrom-esverdeada confere ao peixe-pedra a capacidade de se camuflar entre as pedras em recifes tropicais, transformando-o num alvo fácil de ser pisado acidentalmente por uma pessoa. Dependendo da profundidade da penetração no ferimento, pode ocorrer choque, paralisia e morte de tecidos. Se não for tratada nas primeiras horas, o nível de toxidade pode ser fatal para os seres humanos. 

Habitat � recifes de corais e rochas 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro 
Hábitos - é um mestre do disfarce. Quando fica imóvel sobre as pedras é virtualmente invisível. 
Alimentação � carnívoro. Pequenos peixes, camarão, etc. 
Ameaças � destruição do habitat e captura para aquariofistas. 


MANJUBA (Anchoviella lepidentostole)

Características � pequeno peixe de escamas de vida curta, chegando a 3 anos e 4 meses, e com condições de se reproduzir apenas a partir de um ano. Distinguem-se das sardinhas por serem menores e mais esguias - seu comprimento varia de 9 a 14 centímetros , sendo as fêmeas sempre maiores que os machos. De cor branca brilhante, as manjubas apresentam uma faixa lateral que se   inicia   estreita   na   proximidade    dos   opérculos

manjuba
(formação óssea que protege as guelras), alargando-se sensivelmente no meio do corpo, para estreitar-se novamente perto da cauda. Esta tem a base branca-prateada, a parte central amarelada e as bordas escuras. A cabeça apresenta-se escura na porção superior, marcada por numerosos pontos negros. Importante na economia de muitas regiões para os pescadores artesanais. É muito consumida em todo o Brasil, como petisco. Atingem 13 cm de comprimento. 
Habitat � regiões costeiras, praias, mar aberto, regiões estuarinas e rios na época de desova. 
Ocorrência � no Brasil, ocorrem do sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. 
Hábitos � migra para os rios com a finalidade de reprodução. 
Alimentação � pequenos crustáceos e algas planctônicas. 
Reprodução � outubro a março (primavera-verão), época do ano em que a espécie, formando grandes cardumes, migra do oceano para as águas dos rios para a desova. A reprodução ocorre, praticamente durante todo o ano, com dois picos de maior intensidade no verão e no mês de outubro. A espécie é de vida curta (pouco mais de três anos), o crescimento é rápido e, em um ano, com cerca de 9,0 cm está pronta para desovar, penetrando pela primeira vez nos rios. 
Predadores naturais � vários peixes carnívoros e aves marinhas. 
Ameaças � devido à sobrepesca e exploração em áreas estuarinas, conjugadas com problemas ambientais, a polulação da espécie declinou nas décadas de 80 e 90, resultando em grandes prejuízos e gerando muitos conflitos sociais. Até o ano de 1990, a pesca da manjuba, que ocorre em época de piracema, era autorizada pelo IBAMA durante todo o período de safra (outubro a março) através de portarias regionais. Foi instituído o primeiro período de defeso (dezembro-janeiro), para a safra 1990/1991, o que resultou em manifestações veementes de desagravo pelas comunidades, pelos industriais da pesca e pelo setor político. A atitude de rebeldia à medida tomada pelo órgão ambiental era uma constante, resultando em confrontos entre os pescadores e os fiscais e um conseqüente desgaste da instituição. Além disto, a questão da pesca predatória tinha que ser, também, levada em consideração. Muito procurada para isca. Pesca predatória, poluição e destruição do habitat são as principais ameaças. 


MANJUBA VERDADEIRA (Anchoa tricolor)

manjuba verdadeira

Características � pequeno peixe de escamas . Distinguem-se das sardinhas por serem menores e mais esguias. Chegam no máximo a 12 cm de comprimento. De cor branca brilhante, apresentam uma faixa lateral que se inicia estreita na proximidade dos opérculos (formação óssea que protege as guelras), alargando-se sensivelmente no meio do corpo, para estreitar-se novamente perto da cauda. Esta tem a base branca-prateada,   a  parte  central   amarelada  e  as   bordas

escuras. A cabeça apresenta-se escura na porção superior, marcada por numerosos pontos negros. É muito consumida em todo o Brasil, como petisco. É a única manjuba de importância comercial na Baía de Sepetiba, RJ. 
Habitat � pelágica costeira, concentrando-se em grandes cardumes em regiões semi-abertas, como baías e estuários. Ocorre mais associada a regiões costeiras semi abertas, com maior influência de águas marinhas. 
Ocorrência � sudeste do Brasil. 
Hábitos � formam cardumes de caráter transitório ou permanente dentro dos estuários. É mais abundante em águas com salinidade mais elevada. 
Alimentação � pequenos crustáceos e algas planctônicas. 
Reprodução � os adultos são normalmente encontrados em alto mar, aproximando-se da costa na época de reprodução. 
Predadores naturais � desempenham importante papel na cadeia alimentar dos oceanos, servindo de forragem a muitas espécies de peixes e aves marinhas. 
Ameaças � pesca predatória, poluição e destuição do habitat. 


MARIA DA TOCA (Parablennius pilicornis)

Características � peixe de 12 a 15 cm com corpo alongado mas não muito comprido. É muito característico da espécie os tentáculos supra-orbitais na cabeça, com ramificações filamentosas não maiores que 1/3 dos olhos. A boca é composta por caninos em ambas as mandíbulas. Nadadeira dorsal com 12 espinhos, alta e sem subdivisões. A nadadeira anal possui 2 espinhos. A coloração varia muito, geralmente pálidas com manchas  ou  pontos  escuros  nas laterais,

maria da toca
sendo capaz de trocar de cor de acordo com as condições ambientais ou ânimo: os machos podem chegar a lilás escuro e as fêmeas a amarelo intenso. 
Habitat � fundos rochosos até 25 m de profundidade. 
Ocorrência � em todo o litoral brasileiro 
Alimentação � fauna bentônica 
Reprodução � ovíparos 
Ameaças � destruição do habitat 


MARIMBÁ (Diplodus argenteus)

marimba

Características � peixe de escamas que não atinge grandes proporções. Seu peso gira entre 200 e 500 gramas normalmente, mas podem atingir 1,9 Kg e medir até 31 cm de comprimento. Boca muito pequena. Dentes anteriores achatados, desenvolvidos e incisiformes. Coloração cinza-prateada no dorso e mancha preta na cauda. Corpo em forma ovalada e comprimida. Os jovens com até 20cm apresentam faixas escurecidas, menos evidentes com o tamanho, verticais, no corpo e tal padrão pode ocorrer também em adultos, especialmente à noite. Carne saborosa.
Habitat � peixe costeiro de águas rasas com profundidades de até 50m, fundos rochosos ou de lama.

Muito comuns em costões. Gosta de água clara e agitada, sendo comum em áreas de arrebentação. Frequenta até águas salobras. 
Ocorrência � em todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � diurnos, ativos e vorazes, formam cardumes de médio ou grande porte, entre fendas e tocas também freqüentadas por sargos, sargentos e cocorocas. 
Alimentação � algas, moluscos, crustáceos e invertebrados. 
Ameaças � poluição e destruição do habitat. 


MARLIM AZUL (Makaira nigricans)

Características � peixe de grande porte atinge 4,5 m de comprimento e quase uma tonelada, é o mais sonhado troféu da pesca oceânica. Focinho em forma de espada, corpo mais alto no início da nadadeira dorsal, afinando em direção à nadadeira caudal que é muito grande e furcada. As demais nadadeiras são pontudas. Coloração azul escura no dorso e prata no ventre, com uma faixa horizontal nos flancos. Possui cerca de 15 séries verticais de pintas saindo da região dorsal em direção ao ventre. 

marlim azul
Habitat � em mar aberto nas correntes quentes de água azul. Alcança a costa brasileira no final da primavera e começo do verão (novembro a março), quando as águas limpas, azuis e quentes se aproximam da costa. Pode ser encontrada sobre as regiões do talude continental. 
Ocorrência � está presente em toda a costa brasileira. 
Hábitos � espéciepelágica, migradora, oceânica. Nada junto à superfície e tem hábitos solitários. 
Alimentação � peixes como a cavala, bonito, dourado e gosta também de lulas. 
Reprodução � na época reprodutiva, forma grupos pequenos. 
Ameaças � poluição. 


MARLIM BRANCO (Tetrapturus albidus)

marlim branco

Características � muito semelhantes aos marlins azuis, os marlins brancos não crescem tanto quanto seus parentes. Atingem a marca de 3 m de comprimento e uma média de 23 Kg , alcançando raramente os 70 Kg de peso. Possui um bico em forma de espada e o corpo é mais alto no início da nadadeira dorsal, afinando em direção à nadadeira caudal que é grande e furcada. As nadadeiras peitorais, primeira dorsal e primeira anal são arredondadas,  enquanto  no  marlim azul são pontudas.

Coloração azulada, mudando gradualmente para o prateado, e não apresenta marcas pretas. Sua linha lateral é evidente. 
Habitat � espécie pelágica, exclusivamente oceânica. Nadam na região de encontro das águas das correntes marítimas com as da plataforma continental, e são encontrados nas águas quentes do Atlântico oeste. 
Ocorrência � em todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � solitário e forma pares na época reprodutiva. 
Alimentação � peixes pelágicos, como pequenos dourados e atuns, bonitos, lulas e peixes voadores. 
Ameaças � poluição. 


MERLUZA (Merluccius hubbsi)

Características � corpo alongado, ligeramente comprimido. Boca grande protrátil, pedúnculo caudal curto, com aleta caudal terminando em linha reta nos adultos. Das aletas dorsais, a primeira dorsal apresenta raios duros, a segunda dorsal de base ampla bilobulada. Escamas cicloides, medianas, se desprendem facilmente.  Dorso  e  flancos azulados até a linha media

merluza
do corpo, face ventral branco-prateado. As fêmeas adultas chegan a medir 90 cm de comprimento e os machos 60 cm. Também conhecida como merluza argentina ou austral. 
Habitat � demersal costeira e oceânica, entre 50 e 500 metros. 
Ocorrência � entre o Rio de Janeiro e o sul da América do Sul, em regiões de fundo de areia ou cascalho. 
Hábitos � realiza migrações sazonais e migrações verticais ao longo do dia, provavelmente em função da sua alimentação, a qual ocorre principalmente à noite. Forma cardumes densos no fundo durante o dia, que se dispersa à noite. 
Alimentação � invertebrados, peixes e lulas. 
Reprodução � a reprodução se dá no do inverno e na primavera. Atingem a maturidade sexual quando as fêmeas chegam a 36 cm e os machos 36 cm de comprimento, correspondendo a 3 ou 4 anos de idade para ambos sexos. 
Predadores naturais � pode ocorrer canibalismo na escassez de alimentação. 
Ameaças � poluição e pesca predatória. 

MERO (Epinephelus itajara)

mero

Características � podem atingir grandes dimensões, pesando até 400 Kg e medindo 4,0 m de comprimento. Coloração olivácea-escura uniforme nos adultos, mas nos jovens pode-se notar pontos negros na cabeça e 5 faixas sobre o corpo. São marcados visivelmente por seus cabeça lisa e larga, espinhos dorsais curtos, olhos pequenos e dentes caninos. A carne é muito apreciada. 
Habitat � águas costeiras com fundo de pedra e grandes tocas, até 100 m de profundidade. 

Ocorrência � em todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � abriga-se em tocas. Agregam-se perto da Foz de grandes rios em épocas e locais conhecidos com a finalidade de encontrarem parceiros para a reproduzir. 
Alimentação � crustáceos e peixes. 
Reprodução � começam a reproduzir com 1,1 a 1,2 m de comprimento e com 4 a 7 anos de idade. 
Desovam na embocadura dos rios 
Predadores naturais � por ser um peixe é muito grande, não tem predador natural. 
Ameaças � destruição do habitat, poluição e pesca predatória. Ameaçado de extinção. 


MIRAGAIA (Pogonias cromis)

Características � peixe de escamas também conhecido como piraúna. Corpo alongado, um pouco achatado, com focinho obtuso e reto em sua parte anterior, boca inferior. Coloração do dorso varia de cinza a marrom escuro ou preto, o ventre é mais claro. Os jovens são mais claros e apresentam 4 a 5 faixas escuras verticais, que se confundem com a cor geral, cada vez mais escura à medida que crescem. Alcança 1,7 m de comprimento total e 50 kg de peso. Geralmente a carne é infestada de vermes, fazendo com que seja importante comercialmente apenas em algumas regiões.
Habitat � espécie costeira, vive sobre o fundo da areia, lodo ou cascalho, principalmente em áreas estuarinas próximas a rochas e em canais.

miragaia
Ocorrência � em todo o litoral brasileiro. Mais comum nas regiões Sudeste e Sul. 
Hábitos � migra para águas mais quentes durante o inverno, época da reprodução, quando pode ser encontrada junto a costões rochosos. 
Alimentação � moluscos, principalmente mariscos, crustáceos e peixes. 
Ameaças � poluição e destruição do habitat. 


MORÉIA (Gymnothorax funebris)

moreia

Características � peixe ósseo, robusto com corpo angüiliforme e roliço, mandíbulas poderosas e dentes desenvolvidos. Coloração esverdeada. É a maior das moréias brasileiras alcançando 2,5 m de comprimento e até 15 kg. Para respirar abrem e fecham a boca forçando a água para as brânquias, dando a impressão de querer morder. Também conhecida como moréia verde. 
Habitat � região de entre marés em tocas entre pedras e corais ou enterrada na lama ou areia do fundo . Comum em águas rasas, podendo também ser encontradas em grandes profundidades. 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � a gressiva quando provocada, mas na verdade as moréias são animais pacíficos, que quando tratados adequadamente chegam a vir comer na mão. Geralmente solitária, passa o dia em tocas, com a cabeça para fora, e sai para se alimentar à noite. 
Alimentação � peixes, moluscos e crustáceos. 
Ameaças � poluição e destruição do habitat. 



MORÉIA DOURADA (Gymnothorax miliaris)

Características � corpo com coloração m arrom escuro com numerosos pontos amarelos, menores na cabeça e maiores proximo à cauda onde eles são irregulares e confluentes. 
Habitat � recifes de coral e contornos da costa rochosos, a profundidades de 60 m.
Ocorrência � todo litoral brasileiro 
Hábitos � espécie bentonica e solitaria. Ativo durante o dia e às vezes caça junto com outros predadores 
Alimentação � carnívora 
Ameaças � poluição, destruição do habitat e captura indiscriminada para aquariofilismo. 

moreia dourada


MORÉIA PINTADA (Gymnothorax moringa)

moreia pintada

Características � todo o corpo apresenta diversas manchas e pintas marrom-escuras ou mesmo negras. A coloração de fundo varia do amarelo ao marrom. Freqüentemente, o dorso é amarelo e o ventre esbranquiçado. A margem anterior da dorsal é negra e as margens posteriores da dorsal, anal e caudal são brancas. Os jovens são mais escuros e apresentam a maxila inferior totalmente branca. Corpo alongado, robusto e moderadamente comprimido. A região ocipital (no alto da cabeça, posterior aos olhos) é bem elevada. Boca grande e maxilas poderosas com dentes bem desenvolvidos. Narinas anteriores com estruturas tubulares, porém sem estruturas tubulares nas narinas posteriores. Ausência das nadadeiras peitorais e pélvicas, de escamas e da linha lateral, mas há a presença de poros remanescentes na cabeça. Dorsal longa e contínua, ligando-se à anal através de uma pequena nadadeira caudal. A moréia é muito perigosa se

manuseada viva devido à sua potente mordida - além das dilacerações provocadas, lacerantes e denteadas, que podem ser grandes e ocasionar hemorragia, a ferida normalmente infeccionada devido à enorme quantidade de bactérias existentes no material não digerido que permanece entre seus dentes. 
Habitat � recifes de coral e contornos da costa rochosos 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro 
Hábitos � bentonicas e solitárias, ficam entocadas durante o dia vigiando os arredores com a cabeça na entrada de sua toca. Utilizam a cauda musculosa para fixar-se no fundo da mesma. Muito nervosa, ameaça qualquer coisa que a perturbe abrindo sua grande boca e é capaz de ataca e morder. À noite, quando é mais ativa, sai para capturar seu alimento. Ao contrário do que se poderia pensar, a moréia não sai de sua toca para atacar o homem. No entanto, se um mergulhador aproximar-se da entrada de sua toca, ela estenderá a cabeça para fora com a boca aberta ameaçadoramente. Se o �intruso� não notá-la a tempo, poderá ser mordido. É óbvio que se alguém colocar a mão justamente em sua toca, certamente será mordido. Quando morde, agarra e não solta facilmente. Visto que ela se prende ao fundo da toca, se puxarmos o membro atingido as lacerações serão muito maiores. Assim, deve-se manter o �sangue frio�, segurá-la firmemente logo após sua cabeça, puxá-la para fora da toca e levá-la para a superfície onde certamente será mais fácil remediar o ocorrido. 
Alimentação � constitui-se principalmente de peixes, crustáceos e polvos 
Ameaças � sua carne é bastante apreciada e extensivamente consumida em algumas regiões, onde é comercializada fresca ou salgada. São capturadas com redes de arrasto, armadilhas, linha de mão e vara de pesca. Poluição e pesca predatória são as principais ameaças. 

 

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