Peixe P

06/11/2011 18:09

 

PAMPO (Trachinotus carolinus)

pampo

Características � peixe de escamas com corpo alto, arredondado e comprimido. Os primeiros raios das nadadeiras dorsal e anal são alongados atingindo ou ultrapassando o pedúnculo caudal, dependendo da espécie. Coloração do dorso é azulada ou esverdeada e a do ventre prateada. Alcança 50 cm de comprimento e até 5 Kg de peso. 
Habitat � locais próximos à formações rochosas e praias na região em que as ondas estouram, em águas rasas ou profundas, também dentro de largas tocas. 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro. 

Hábitos � jovens costumam formar cardumes, já os adultos são solitários. 
Alimentação � crustáceos, moluscos e pequenos peixes. 
Ameaças � poluição, destruição do habitat e pesca predatória. 


PARATI (Mugil curema)

Características � peixes de escamas apreciados e muito conhecidos. Corpo cilíndrico anteriormente e comprimido na parte posterior. Coloração cinzaa-prateada e dorso mais escuro, com boca pequena e superior, triangular se vista de frente. Duas nadadeiras bem separadas, a primeira com quatro espinhos, a segunda com um espinho e 7 a 8 raios. A anal tem três espinhos e 8 a 9 raios. Escamas moderadas a grandes, linha  lateral  ausente.  Olho  parcialmente  coberto  por

parati
membrana adiposa, bem desenvolvida nos adultos. A nadadeira peitoral não chega à origem da primeira dorsal e esta tem origem a meio caminho entre a ponta do focinho e a base da caudal. Muitas vezes têm duas manchas bronzeadas, indistintas, no flanco. As suas nadadeiras são amareladas. Atinge 45 cm de comprimento e pesa de 0,5 a 1 Kg. 
Habitat � espécie costeira de águas rasas, nadando perto da superfície, nas áreas de recifes, praias, em águas salobras de estuários de rios e lagoas litorâneas, e também em águas salgadas. 
Ocorrência � em todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � forma cardumes pequenos. 
Alimentação � revira o fundo de areia ou lodo, em busca de invertebrados, musgo e microorganismos, seus principais alimentos. 
Ameaças � poluição, peca predatória e destruição do habitat. 


PARATI BARBUDO (Polidactylus virginicus)

parati barbudo

Características � focinho alongado e os barbilhões que, localizados na parte inferior da boca, o auxiliam na busca de comida no fundo das praias e ilhas. Coloração cinza prateada com tons amarelados. Raramente eles ultrapassam a marca de 30 cm de comprimento. 
Habitat � costões, praias e ilhas. 
Ocorrência � em todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � diurnos 
Alimentação � crustáceos e pequenos peixes. 
Ameaças � poluição, pesca predatória e destruição do habitat. 



PARGO (Pagrus pagrus)

Características � é uma das espécies de maior interesse comercial, devido à qualidade de sua carne. Corpo ovalado, olhos grandes, boca pequena provida de séries de dentes, com pontas arredondadas. Coloração rósea. Embora atinjam 80 cm de comprimento e 8 Kg , os pargos mais comuns têm menos de 55 cm e 2 Kg. 
Habitat � fundos de rochas, de corais ou de areia da costa até próximo da borda da plataforma continental, em profundidades que variam de 10 a até 200 m. 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � nadam em grandes cardumes 
Alimentação � fauna bentônica, pequenos peixes, moluscos e crustáceos. 
Ameaças � poluição, pesca predatória e destruição do habitat. 

pargo


PEIXE ANJO ANÃO (Centropyge aurantonotus)

peixe anjo anao

Características � a cabeça, a porção superior do corpo e a nadadeira dorsal são amarelo douradas. Os lados do corpo, as nadadeiras caudal e anal são azul escuro com numerosas manchas negras. Apresenta um anel azul em volta dos olhos. 
Habitat � comum em áreas isoladas junto ao coralAcropora cervicornis, em profundidades entre 12 e 200 metros. 
Ocorrência � litoral sudeste do Brasil 
Alimentação � algas e esponjas 
Ameaças � destruição do habitat, poluição e caça indiscriminada para aquariofilismo. 



PEIXE ANJO RAINHA (Holacanthus ciliaris)

Características � cauda e nadadeiras peitorais totalmente amarelas. Mancha negra na parte anterior da cabeça, com manchas azuis iridescentes e rodeadas por um estrito anel azul iridescente. Possiu uma grande mancha azul na base da nadadeira peitoral. Nos adultos se desenvolvem espinhos curtos na margem. A coloração dos adultos de maior tamanho tende ao azul-púrpura com detalhes amarelo-alaranjados nas bordas das escamas. A cabeça acima do olho é azul escuro, e na parte inferior do olho, amarelo-esverdeado. A boca, o peito e o abdomem é amarelado. 
Habitat � recifes de coral 

oeixe anjo rainha
Ocorrência � do litoral norte a sudeste do Brasil 
Hábitos � geralmente ocorre solitário ou em pares 
Alimentação � quase exclusivamente de esponjas, suplementado por pequenas quantidades de algas e zooplâncton 
Ameaças � destruição do habitat, poluição e caça indiscriminada para aquariofilismo. 


PEIXE ANJO TRICOLOR (Holacanthus tricolor)

peixe anjo tricolor

Características � frente do corpo amarela, com parte do corpo, nadadeira dorsal e a parte frontal da nadadeira anal pretas. Nadadeira caudal inteiramente amarela. Borda da danadeira anal e "ponta" do opérculo alaranjadas. Borda superior e inferior da íris azuis. Os juvenis, até atingirem tamanho de uma polegada em comprimento aproximadamente, são totalmente amarelos com excessão de uma mancha preta com topo azul na parte superior do corpo, posterior ao ponto mediano do comprimento do corpo. A mancha preta aumenta e logo se torna a grande mancha preta do adulto. 
Habitat � costões rochosos, recifes rochosos e áreas ricas em corais. Juvenis frequentemente associados a corais de fogo, em profundidades de 3 a 90 m. 

Ocorrência � do litoral norte a sudeste do Brasil 
Alimentação � tunicados, esponjas, zoantários e algas 
Ameaças � destruição do habitat, poluição e caça indiscriminada para aquariofilismo. 


PEIXE BORBOLETA LISTRADO (Chaetodon striatus)

Características � corpo bastante alto, ovalado e achatado. Focinho pequeno, pontudo e boca pequena, terminal e protáctil . Olhos relativamente grandes. Corpo amarelado e/ou esbranquiçado com faixas escuras mais ou menos verticais e de diferentes espessuras, passando a primeira, mais escura, pelos olhos. As nadadeiras dorsal, caudal e anal possuem uma faixa escura, seguida por uma linha branca e a margem amarelada. Pélvicas enegrecidas. Linha lateral arqueada. Caudal truncada, levemente arredondada. Escamas ctenóides. Em média medem de 10 a 15 cm de comprimento, podendo chegar a até 20 cm.
Habitat � espécie costeira de águas rasas de 3 a 35 m de profundidade, que vive em fundos coralinos, rochosos e/ou arenosos. 
Ocorrência � em todo o litoral brasileiro 

peixe borboleta listrado
Hábitos � solitários, aos pares e em pequenos grupos nadando entre as pedras do fundo 
Alimentação � principalmente de pólipos de coral, anêmonas e pequenos invertebrados. 
Ameaças � destruição do habitat, poluição e caça indiscriminada para aquariofilismo. 


PEIXE CIRURGIÃO BAIANO (Acanthurus bahianus)

peixe cirurgiao baiano

Características � nadadeira caudal moderadamente emarginada. Cabeça e corpo comprimido lateralmente e longo. Coloração geral azulada. Os espinhos localizados nos lados do pedúnculo caudal podem inflingir cortes dolorosos. 
Habitat � fundos rasos com corais ou formações rochosas 
Ocorrência � do norte ao sudeste brasileiro 
Hábitos � normalmente ocorrem em grupos de cinco ou mais indivíduos. Principalmente diurnos 
Alimentação � algas 
Ameaças � destruição do habitat, poluição e caça indiscriminada para aquariofilismo. 



PEIXE COFRE (Acanthostracion polygonius)

Características � tem o corpo encerrado numa caixa óssea (daí o nome de "cofre"), composta por placas hexagonais, deixando de fora, apenas, a barbatana caudal. A coloração varia do verde-pálido com manchas e listas azuis até o amarelo e castanho, com manchas azuis, brancas ou púrpuras. A tinge 50 cm de comprimento.
Habitat � águas claras em torno de recifes de corais em profundidades de 3 a 80 m 
Ocorrência � todo litoral brasileiro 
Alimentação � moluscios, esponjas e crustáceos 
Ameaças � poluição e destruição do habitat 

peixe cofre


PEIXE GALO (Selene vomer)

peixe galo

Características � peixe de escamas que chama bastante atenção pelo formato único de seu corpo, extremamente achatado, lembrando uma folha de papel. Corpo muito alto e muito comprimido com nadadeiras pélvicas muito pequenas. Linha lateral com uma série de espinhos na porção posterior, antes do pedúnculo caudal. Coloração prateada, sendo o dorso verde azulado, os flancos são mais claros e o ventre esbranquiçado. Apresenta uma pequena mancha ovalada preta na margem superior do opérculo e outra do mesmo tamanho na parte superior do pedúnculo caudal. Alcança 40 cm de comprimento total e cerca de 1 Kg. A carne é de boa qualidade, mas não é comum nos mercados. 

Habitat � espécie de superfície que freqüenta estuários. Pode ser encontrado de passagem, em costões e próximo a piers e a outras estruturas. 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � forma grandes cardumes. 
Alimentação � carnívoro predador e se alimenta de pequenos peixes, crustáceos e moluscos. 
Ameaças � pesca predatória, destruição do habitat e poluição. 


PEIXE LUA (Mola mola)

Características � trata-se de uma espécie verdadeiramente impressionante e inconfundível, na medida em que aliam as suas grandes dimensões a uma fisionomia deveras bizarra. Seu corpo com forma arredondada, quase discóide e achatado, pode ultrapassar a altura de 3,0 metros e pesar cerca de duas toneladas. Não possui uma barbatana caudal idêntica à dos outros peixes e, durante a natação, movimenta as suas longas barbatanas caudal e anal de um lado para o outro. A nadadeira dorsal é grande e triangular, semelhante à anal que é da mesma forma, um pouco menor. Possui duas nadadeiras peitorais semelhantes a orelhas e a base da caudal é reta. A boca e os olhos são pequenos e todo corpo é coberto por uma pele muito espessa e áspera, mas sem escamas. Abaixo da pele existe uma grossa capa de tecido de consistência cartilaginosa, formando assim uma espécie de couraça. Seu corpo possui coloração cinza-prateada lateralmente, quase branca no ventre e azulada no dorso. São frequentemente observados à superfície, podendo ser confundidos com tubarões, devido à sua proeminente barbatana dorsal. 
Habitat � águas oceânicas vivendo na coluna d'água (pelágico) desde a superfície até cerca de 600m de profundidade mas, ocasionalmente, podem ser encontrados perto da costa.
Ocorrência � todo o litoral brasileiro 
Hábitos � passa boa parte do tempo se alimentando em águas profundas, escuras e frias, costuma vir à superfície eventualmente em busca de águas mais aquecidas, onde pode ser auxiliado por outros peixes e até gaivotas na remoção de seus parasitas da pele. Além de viver constantemente parasitado na pele, suas brânquias, olhos, intestinos e músculos, são também infestados por uma variedade  de  outros   parasitas,  entre   eles   copépodes,

peixe lua
cirrípedes, trematódeos, helmintos, nematódeos, cestódeos, filárias e outros. Acredita-se inclusive que em algumas regiões do oceano já tenha sido criado um hábito simbiótico entre o lua e as gaivotas. O peixe fica na tona d'água em posição lateral, sendo esse o sinal para a vinda das gaivotas, que se aproximam e capturam os crustáceos parasitas que infestam a pele do lua. São peixes inofensivos. 
Alimentação � se alimentam de medusas e, ocasionalmente, de pequenos crustáceos e peixes, que sugam com a sua poderosa boca. 
Reprodução � as fêmeas produzem até 300 milhões de ovos de cada vez que são libertados na água. 
Ameaças � poluição e destruição do habitat 


PEIXE PORCO (Balistes vetula)

peixe porco

Características � também conhecido como cangulo, seu corpo tem c oloração verde-oliva escura no dorso, amarela-dourada na parte ventral e listras em tom azul-claro (que chegam a ser luminosas) na cabeça e nas nadadeiras. Além disso, em torno dos olhos apresenta estrias negras em forma de raios e na nadadeira caudal há uma bonita mancha azulada. Possui boca pequena com fileiras de oito dentes bem fortes em cada maxila. Seus olhos se movimentam independentemente um do outro. Podem chegar a medir um pouco mais de meio metro de comprimento e pesar cinco quilos e meio. 
Habitat � costões rochosos e recifes. Fica sempre próximo a locais rochosos e repletos de "esconderijos" em profundidades de 2 a 275 m. 

Ocorrência � em todo litoral brasileiro 
Hábitos � p ossui um hábito muito peculiar de relaxar o corpo inclinando a cabeça para baixo e apoiando o "focinho" sobre uma pedra ou coral. É capaz de emitir sons ou grunhidos, produzidos por sua desenvolvida bexiga natatória. Tais sons são ouvidos somente por exemplares da própria espécie, não sendo captados pelo ouvido humano. Além das cores e do fato de poder emitir sons, uma outra excentricidade do peixe porco é o modo como utiliza a nadadeira dorsal. Dividida em duas partes, a mais próxima da cabeça é bem mais resistente e dura, assim como um gatilho. No caso do peixe sentir-se ameaçado, ele se esconde entre as pedras ou corais e fica completamente imóvel, fixando o "gatilho" entre as frestas. Tal mecanismo irá funcionar como uma trava e manterá o peixe ancorado, protegido dos predadores ou da correnteza enquanto dorme.
Alimentação � carnívoros. Predador voraz. Alimenta-se de pedaços de camarão, filhotes de peixes, crustáceos em geral e moluscos. 
Reprodução � só procura um companheiro da espécie na época do acasalamento, quando então passa a viver junto com seu par. O período de reprodução ocorre com maior freqüência no mês de abril. Colocam seus ovos apenas em substratos de areia. Geralmente a fêmea cava um buraco no cascalho e deposita os ovos, sendo logo a seguir fertilizados pelo macho. 
Ameaças � destruição do habitat, poluição e captura para aquariofilismo. 


PEIXE REI (Elagatis bipinnulata)

Características � são nadadores velozes e incansáveis, capazes de percorrer grandes distâncias, pois têm o corpo fusiforme, bastante musculado e munido de barbatanas fortes. Alcançam 1,80 m de comprimentoe podem pesar até 15 Kg. Dorso com coloração variando do azul escuro ao cinza para baixo, ventre branco e linha lateral amarelada. As barbatanas variam do oliva ao amarelo. Base da barbatana anl mais curta que a base da barbatana dorsal.

peixe rei
Habitat � nadam perto da superfície, em águas costeiras ou oceânicas, em profundidade de até 150 m 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro 
Hábitos � formam cardumes numerosos 
Alimentação � invertebrados e peixes 
Ameaças � poluição, destruição do habitat e pesca predatória 


PEIXE SAPO (Lophius gastrophysus)

peixe sapo

Características � as fêmeas atingem até 1 m de comprimento. Os machos raramente atingem tamanhos superiores a 55 cm. Sua carne é considerada muito boa. Nadadeira dorasl com alguns acúleos. Peixe de coloração pardacenta a marron, com cabeça grande, corpo levemente achatado e boca muito grande. 
Habitat � espécie bentônica de altas profundidades (120 a 700 m).
Ocorrência � todo o litoral brasileiro.
Hábitos � tem pouca mobilidade, em geral, "rastejando" ou permanecendo longos períodos mimetizado sobre o fundo. Atrai suas presas por uma falsa isca (modificação da nadadeira dorsal) próxima à boca sendo por este motivo também conhecido como peixe-pescador. Os jovens distribuem-se, normalmente acima dos 200 m de profundidade. 

Alimentação � peixes e lulas. 
Reprodução � as fêmeas iniciam o processo de maturação em torno dos 54 cm. 
Ameaças � descoberto pelo mercado internacional na década de 90, experimenta excelentes cotações na Europa. É atualmente uma das pescarias mais valiosas do Brasil. É capturado no Sudeste e Sul do Brasil em pescarias de fundo. Por isso vem sofrendo com a pesca predatória. A s populações dessa espécie estão em franco declínio. Poluição é outra ameaça séria. 

 

 

PEIXE SERRA (Pristis pectinata)

peixe serra

Características � focinho em formato de serra com 24 a 32 dentes de cada lado , esqueleto cartilaginoso como os tubarões e raias. A serra possui poros que são sensíveis ao movimento e à eletricidade. A serra é usada principalmente para auxiliar na captura de comida. Com ela, o peixe revolve a superfície arenosa ou lamacenta, à procura de pequenos crustáceos e moluscos e investe contra cardumes de peixes, atordoando-os. Quando se faz necessário, a serra é também usada como defesa - o peixe move esta estrutura horizontalmente, com grande força, o que pode causar estragos significativos a qualquer animal que se aventure a atacá-lo. É o único tubarão, com exceção do tubarão-cobra, que possui seis fendas branquiais no lugar de cinco ou sete. Sua carne é muito apreciada. É de coloração cinza-azulada, tem nadadeiras triangulares escuras atrás da cabeça e nadadeira dorsal dupla.  Parte  inferior  branca,  amarelo

claro ou pardacenta. Barbatana caudal grande e oblíqua com lóbulo inferior extremamente reduzido. Pode alcançar 5 m de comprimento e sua serra possuir 1,5 m por 20 cm de largura, e peso de 350 Kg . As mandíbulas têm dentes pequenos. Ambas as maxilas têm 10 a 12 fileiras de dentes, com 88 a 128 dentes na maxila superior e 84 a 176 na maxila inferior. Os dentes são arredondados anteriormente e têm uma borda sem corte na face posterior. Os olhos e espiráculos se encontram na superficie dorsal. Podem viver por 30 anos. 
Habitat � espécie costeira, mas pode cruzar águas profundas para alcançar ilhas. Ascende rios e pode tolerar água doce. Visto geralmente em baías, lagoas, estuários, e bocas de rio. Profundidade de até 120 m. 
Ocorrência � todo litoral brasieliro 
Hábitos � pode entrar em rios, e já foi encontrado na confluência dos rios Negro e Amazonas, a cerca de 720 km da foz. Quando perseguido por um tubarão, o peixe-serra sobe à superfície, onde sua serra se transforma em uma arma muito perigosa para o tubarão. 
Alimentação � peixes, camarões, lulas e organismos bentônicos. 
Reprodução � ovovivíparo. Reproduzem-se através do fertilization interno como ocorrem em todos os elasmobrânquios. A maturidade é atingida com aproximadamente 10 anos de idade. Nascem cerca de 15 a 20 filhotes de cada vez, medindo aproximadamente 60 cm, já armados com uma pequena serra. 
Predadores naturais � tubarões 
Ameaças � poluição, destruição do habitat e pesca predatória. Travado facilmente nas redes de pesca, sua remoção sem ferimento é difícil. Também caçado pela sua serra, vendida como souvenir. O comércio da espécie passou a ser considerado um crime internacional. A resolução é da Convention on International Trade in Endangered Species (CITES), órgão internacional que procura regulamentar o comércio de espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção. A captura e comércio do peixe serra já são proibidos pelas leis brasileiras desde 2004. Não existe uma pesca direcionada exclusivamente ao peixe serra. Sua captura é incidental, ou seja, ocorre durante a pesca de outras espécies. Entretanto, a captura de um indivíduo é comemorada, pois sua �serra� ou �catana� pode valer até mais de mil dólares no mercado internacional. A retirada da peça custa o sacrifício do animal. A serra acaba sendo utilizada para vários fins. Os dentes da serra são comercializados para serem usados como esporas em rinhas de briga de galo; a serra como um todo é utilizada também como enfeite ou adorno exótico; e existe ainda a crença de que a serra cura a asma, o que não possui nenhuma comprovação científica. As barbatanas, assim como a dos tubarões, são exportadas para o oriente onde servem de ingrediente para uma sopa típica. Com menor importância, a carne também é comercializada. Está criticamente ameaçada de extinção, segundo listas internacionais e regionais. Atualmente, calcula-se que só 10% da população original. Ocupam uma importante posição como predadores nos ecossistema marinho e estuarino e que a conscientização dos pescadores e da população, aliada a efetiva fiscalização, são essenciais para a sobrevivência da espécie. 



PESCADA BRANCA (Cynoscion leiarchus)

Características � peixe de escamas com coloração prateada e olhos grandes, que alcança no máximo 50 cm de comprimento. É importante comercialmente devido ao sabor de sua carne. 
Habitat � demersais e pelágicos freqüentam as águas rasas próximas às costas, baías e enseadas e locais pedregosos com corais. 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � tem a capacidade de produzir sons por músculos associados à bexiga natatória. Formam cardumes.

pescada

Alimentação � pequenos crustáceos e pequenos peixes. 
Ameaças � pesca predatória, destruição do habitat e poluição. 


PESCADA AMARELA (Cynoscion acoupa)

pescada amarela

Características � peixe de escamas com corpo alongado, subcilíndrico pouco comprimido, cabeça moderada, sem barbilhão no queixo. Boca inclinada, o maxilar inferior projetando-se um pouco à frente do superior. Dentes caninos com um par anterior no maxilar superior maior que os demais. Dorsal espinhosa e mole com profundo entalhe entre elas, mas unidas na base, bastante próximas.  Escamas  ctenóides, rastros longos.

Caudal romboidal em adultos. Linha lateral prosseguindo pelos raios centrais da caudal, como toda a família. Segundo espinho da dorsal maior que os demais, característica da espécie.C oloração amarela .Pode alcançar 1 m de comprimento e 30 Kg de peso. É muito apreciada como alimento, sendo importante na pesca comercial. 
Habitat � hábitos costeiros que freqüenta desde lagoas salobras até grandes baías abertas, sendo muito comum em canais, estuários e mangues. Normalmente, é encontrada nos fundos de lodo, areia e cascalho, em profundidades que variam de 1 a 35 m. 
Ocorrência � todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � costuma entrar nos manguezais a procura de alimentos. Durante o dia são pouco ativas. 
Alimentação � crustáceos e pequenos peixes. 
Reprodução � reproduzem-se na primavera everão, as larvas se desenvolvem em águas rasas e de baixa salinidade. 
Ameaças � pesca predatória, destruição do habitat e poluição. 


PESCADINHA (Isopisthus parvipinnis)

Características � peixe de escamas muito comum com corpo é alongado e comprimido. Nadadeira dorsal espinhosa bem afastada da mole. Boca terminal, com um par de caninos anteriores muito desenvolvido no maxilar superior e nenhum grande no inferior. Base da nadadeira anal de tamanho similar ao da base da dorsal mole. Nadadeira caudal truncada. Coloração prateada em geral,  com  dorso  azulado.  Nadadeiras  pálidas  e  uma

pescadinha
mancha pouco nítida na base da peitoral. Atinge 25 cm comprimento. Embora pequena, é muito apreciada, de carne excelente. 
Habitat � águas costeiras de 1 a 50 metros , sobre fundos de lodo, areia ou cascalho, da superfície ao fundo, desde mangues e zonas estuárias a mar aberto. 
Ocorrência � em todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � f ormam grandes cardumes. Vorazes e de hábitos principalmente noturnos. 
Alimentação � pequenos peixes na coluna de água e camarões no fundo. 
Reprodução � reproduzem-se na primavera e verão, as larvas se desenvolvem em águas rasas e de baixa salinidade. Costumam desovar mais de uma vez ao ano, entre dezembro e abril. 
Predadore naturais - algumas evidências demonstram haver tendência ao canibalismo. 
Ameaças � poluição, pesca predatória e destruição do habitat. 


PREJEREBA (Lobotes surinamensis)

prejereba

Características � peixe de escamas com corpo alto e comprimido, cabeça pequena e nadadeiras dorsal e anal alongadas e arredondadas, quase atingindo o final da nadadeira caudal, o que dá a impressão de serem compostas por três partes. O lhos pequeninos, boca moderada. O opérculo tem dois espinhos afiados. Alcança cerca de 80 cm de comprimento total e 15 Kg . Coloração marrom, com alguns nuances de cinza ou verde, geralmente no dorso. A carne é saborosa, mas raramente é encontrado nos mercados. 
Habitat � pedreiras em mar aberto com fundo rochoso, sendo que também costumam acompanhar grandes objetos flutuantes. Os exemplares mais jovens podem ser encontrados próximo à bocas de rios e manguezais. 

Ocorrência � todo o litoral brasileiro. 
Hábitos � peixe de superfície encontrado com mais facilidade, nadando próximas a detritos, especialmente daqueles que flutuam na superfície do mar, como grandes tábuas e restos de caixas. Vive sozinho ou aos pares. Tem o costume de boiar na superfície. 
Alimentação � carnívoras, alimentando-se de pequenos peixes e crustáceos. 
Ameaças � poluição e destruição do habitat. 

 

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